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Chefe do Hezbollah culpa Israel por explosões de pagers e walkie-talkies e promete retaliação

  • Foto do escritor: lucianommossmann
    lucianommossmann
  • 19 de set. de 2024
  • 2 min de leitura

Hassan Nasrallah, líder do grupo extremista Hezbollah, acusou Israel de ser o responsável pelas explosões de pagers e walkie-talkies que ocorreram no Líbano, classificando o ataque como uma "declaração de guerra". Em pronunciamento realizado nesta quinta-feira (19), Nasrallah admitiu que o Hezbollah sofreu um "golpe sem precedentes", mas garantiu que a estrutura do grupo permanece intacta. Ele prometeu retaliação e afirmou que Israel não atingiu seus objetivos com a operação.


As explosões ocorreram em um intervalo de 24 horas, começando com a detonação de pagers na terça-feira (17), seguida pela explosão de walkie-talkies na quarta-feira (18). Esses dispositivos eram usados pelos membros do Hezbollah como uma forma de comunicação para evitar o rastreamento, já que, ao contrário dos celulares, os pagers não possuem GPS. Segundo Nasrallah, o grupo possuía cerca de 4.000 pagers, mas nenhum dos dispositivos pertencia ao alto escalão do Hezbollah.


Nasrallah descreveu as explosões como uma tentativa israelense de enfraquecer o Hezbollah, mas assegurou que o grupo está pronto para enfrentar a ofensiva israelense no sul do Líbano. "Recebemos um golpe severo, mas nossa estrutura está intacta. Estamos em nosso território e vamos defender cada centímetro", disse o líder do Hezbollah, referindo-se à crescente tensão na região fronteiriça entre o Líbano e Israel.


Israel, até o momento, não se pronunciou oficialmente sobre as acusações, embora o Mossad, o serviço de inteligência israelense, tenha sido apontado como o principal suspeito do ataque. Nasrallah afirmou que o Hezbollah está preparado para retaliar e que o grupo não permitirá que os cidadãos israelenses que vivem no norte do país retornem para suas casas. Esses civis foram evacuados em meio ao agravamento dos conflitos entre Israel e o Hezbollah nas últimas semanas.


Além das explosões, o Exército israelense lançou uma nova ofensiva no norte do país, focando em posições do Hezbollah no Líbano. Em resposta, o grupo extremista atacou tropas israelenses, resultando na morte de dois soldados. O porta-voz do Departamento de Estado dos Estados Unidos reiterou o apoio a Israel, afirmando que o país está comprometido em defender seu aliado contra grupos terroristas como o Hezbollah, embora Washington tenha ressaltado que não deseja uma escalada maior dos conflitos no Oriente Médio.


A situação no Líbano permanece tensa, com o governo local proibindo a entrada de pagers e walkie-talkies no país e reforçando as medidas de segurança. A ONU também reagiu ao ataque, com o secretário-geral, António Guterres, condenando o uso de dispositivos civis como armas e solicitando uma reunião no Conselho de Segurança para discutir o agravamento da crise na região.


O Hezbollah, que controla boa parte do sul do Líbano, está em conflito com Israel desde o início da guerra na Faixa de Gaza, em outubro de 2023. Assim como o Hamas, o Hezbollah é amplamente financiado pelo Irã, e as tensões entre o grupo extremista e Israel têm se intensificado nos últimos meses, com ataques e retaliações frequentes.

 
 
 

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